7.9.07

Sessão de Estudos Fílmicos

Na sessão de Estudos Filmicos, foram discutidos temas como a literacia inerente ao cinema, ou o factor educativo nesta área, mas a questão das vanguardas acabou por gerar um debate aceso. Os convidados, Vítor Reia-Baptista, Mirian Tavares e Cesar Baio perguntavam-se se, hoje em dia e no futuro, ainda haveria espaço para a vanguarda.

Para Mirian Tavares, o uso das tecnologias criou uma nova relação entre as câmaras e os utilizadores. A noção de temporalidade mudou, mas no fundo isso não muda muito o que se faz, e os conteúdos que se filmam. “Já não há propriamente vanguarda, há uma reciclagem de sentidos. A vanguarda é já uma palavra esvaziada de sentido”, argumentava Mirian.

Para Vítor Reia-Baptista, os videoclipes, que se podem inserir na videoarte, poderiam ser considerados vanguarda. No entanto, os respectivos conteúdos são redundantes, o que arruína essa possibilidade.

Apesar de cépticos em relação às futuras vanguardas, “contar uma boa história” ou “estar atento” hão-de ser motivo para criar bom cinema, segundo os convidados.

Cláudia Lomba

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